Postagens populares

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

GESTÃO PÚBLICA DE QUALIDADE

Há muito tempo que a melhoria do gerenciamento da administração pública está em pauta. Cada vez mais, exigem-se eficiência, prestação de contas, ênfase na racionalidade dos procedimentos e apresentação de metas e indicadores claros. As coisas simplesmente não podem ser mais como no passado, quando as decisões eram tomadas a portas fechadas e a população desempenhava um papel estritamente passivo. Nessa nova realidade, as diversas esferas do poder público têm que permanecer atentas à necessidade de adotar ferramentas de gestão que assegurem a qualidade e a transparência no setor público. Somente assim será possível diagnosticar as rotinas afetas aos produtos e serviços ofertados à população, e, a partir desses levantamentos, partir para a etapa do planejamento estratégico e de seu desdobramento em planos de ação específicos, voltados àquele que deve ser o objetivo maior do gestor público: o bem-estar do cidadão.
 Partindo-se desse pressuposto, a excelência funcional e operacional constitui-se no grande objetivo estratégico a ser perseguido pelas organizações públicas em suas múltiplas esferas, tanto na administração direta quanto indireta.
A principal mudança a ser implantada junto a esses interlocutores é a conscientização acerca da importância de uma nova cultura organizacional, focada em metas e objetivos. Cabe aos altos escalões gerenciair a tarefa de implantar e consolidar as ferramentas de qualidade em suas pastas.
ambém se deve ressaltar a importância da auditoria da gestão pública, não apenas para cumprir a legislação vigente, mas também para o melhor controle do patrimônio. Sem que isso seja feito, fica muito mais complexo tomar decisões coerentes, atingir superávits e cumprir o papel social esperado. Deve-se, portanto, considerar seriamente as informações geradas pelo Sistema de Informações Contábeis, no que concerne ao patrimônio das entidades. E é ao auditor das contas públicas que cabe a responsabilidade de respaldar tais informações.
Lamentavelmente, porém, muitos gestores públicos ainda caminham a passos lentos na análise, acompanhamento e controle dos atos de gestão. Uma vez que o órgão público não tem como prioridade a geração de lucro, sua situação patrimonial, por exemplo, pode ser negligenciada. Este é um erro, pois o que pertence ao coletivo deve contar com a mesma cautela e parcimônia com que se administram os bens e valores dos proprietários nas entidades privadas.

Eduardo Pocetti - é CEO da BDO, quinta maior rede do mundo em auditoria, tributos e advisory services