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segunda-feira, 1 de abril de 2013

A MOTIVAÇÃO E O SERVIÇO PÚBLICO

Profissionais Capacitados


 


A missão básica de qualquer organização, e principalmente das organizações públicas, é o pleno  atendimento à sociedade onde ela está inserida. Neste sentido, a qualidade torna-se um fator importante para as organizações. A busca por elevar a qualidade e a produtividade nas organizações e com a constatação de que as habilidades, capacidades e conhecimentos das pessoas são úteis à execução das tarefas, não se pode prescindir do estudo do homem no contexto de seu trabalho, principalmente nas organizações voltadas para a produção de serviços que visam o bem-estar social.



A maneira como os empregados são tratados na organização onde trabalham, os tipos de normas e valores, os tipos de autoridade, o tipo de poder exercido, tudo isto tem influência nas ações e nos motivos que os levam a agir. Durante décadas, o administrador público limitou-se a lidar com processos burocráticos, normalmente rotineiros e limitados. Para executar suas tarefas, bastava ao profissional conhecer as regras e as leis. Atualmente, a função está recebendo novas atribuições. O Governo brasileiro vive em constante processo de mudanças, reconhecendo que a administração pública ainda tem muito de cartorial e burocrática, em que pese o grande esforço dos governantes para avançar em sentido contrário, já que a modernização é medida que se impõem no Estado contemporâneo.


Na opinião de Main (1994) apud Ferreira (1999), o governo normalmente, não tem como avaliar seu desempenho e quando os parâmetros de avaliação são incorretos, os incentivos são incorretos. A escassez e a baixa qualidade dos serviços que são oferecidos à população fazem com que, a mesma revolte-se com o único representante deste setor com o qual mantém contato direto, ou seja, o servidor. Para Chahad (1993, p.17): Os funcionários públicos são um grupo transparente, que acaba sendo penalizado pelos males estruturais das finanças e dos conceitos administrativos ultrapassados, ainda que delas sejam apenas uma parte. A isso se associa o quadro de desigualdades e a forte dose de corporativismo existente em determinados segmentos do funcionalismo público. Assim os servidores públicos com os quais os clientes-cidadãos interagem, exercem importante papel na percepção que o cliente terá da qualidade do serviço. Dos servidores públicos dependerá a satisfação dos clientes.


Evidentemente, o homem é o elemento chave no processo de gestão da Qualidade: da motivação e do comprometimento das pessoas vai depender o sucesso da sua aplicação prática (ESTEFANO, 1996). Buscar o envolvimento de todos os servidores, independentemente de nível, cargo ou função, com a melhoria do serviço público, o aperfeiçoamento contínuo e a satisfação do cliente é fundamental na atualidade. Da mesma forma, é preciso valorizar o servidor por meio da capacitação permanente, boa remuneração, bom ambiente de trabalho e proporcionar oportunidade de desenvolvimento de suas potencialidades. Uma Administração Pública moderna a serviço das pessoas exige novas formas de gestão e de mobilização dos funcionários, mais objetividade, mais igualdade, melhor serviço, menos burocracia, mais inovação e criatividade.


Constata-se, portanto, a relevância de se desenvolverem conceitos e metodologias adequados para as empresas prestadoras de serviços e principalmente para empresas prestadoras de serviços do setor público, com a mesma ênfase que tem sido dada às empresas industriais e comerciais, visando a adaptação ao novo cenário mundial e para não se correr o risco de se ter uma atividade em visível crescimento, mas vulnerável ao mercado (GIANESI; CORRÊA 1994:13, apud ESTEFANO, 1996). A evolução no setor de tecnologia da informação e internet possibilitaram a criação de governos eletrônicos, elucidando novas maneiras de debater e decidir estratégias, fazer transações, ouvir as demandas das comunidades e de organizar e divulgar informações de interesse público. O objetivo dessa inovação é fortalecer as relações dos governos e torná-los mais efetivos, aumentando a transparência, a responsabilidade e a administração de recursos. Lemos (2004) defende que o governo eletrônico objetiva regenerar o espaço público, otimizar os serviços prestados à população e estimular a interação e discussão dos problemas locais. Caminhar em direção oposta é caminhar em direção ao abismo. É uma questão de opção.


 


Por: Ligia Maria Fonseca Affonso, Henrique Martins Rocha, Juliana Dell`Agnelo, Guilherme Julio da Silva e Ivan Alves.



A MOTIVAÇÃO E O SERVIÇO PÚBLICO

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